A Indústria 4.0 contempla, em seu conceito, as inovações tecnológicas relacionadas à automação e tecnologia da informação no campo da manufatura e operação. Assim sendo, ela tem como objetivo construir processos mais ágeis, flexíveis e eficientes, utilizando de recursos digitais e físicos, associando máquinas, sistemas e ativos, almejando aumentar a qualidade da produção e reduzir seus custos.
Por mais que a nossa realidade seja a da quarta revolução industrial, atualmente existe uma agenda prioritária nas indústrias de escalabilidade digital, na maioria dos casos. O que isto significa?
Globalmente existe um cenário no qual as indústrias estão em projetos pilotos ou PoC (Proof of Concept), sem conseguir ter a devida escalabilidade digital, ou seja, sem gerar valor para o negócio e impactar os resultados da organização.
Outras empresas não chegaram sequer a esta etapa, então ainda não começaram a jornada de transformação digital. No Brasil o cenário é ainda pior devido ao delay neste processo.
As mais atrasadas, quando se deparam com o tema “Indústria 4.0”, começam a olhar muito para a tecnologia e esquecem de que para começar é necessário partir dos desafios e problemas do negócio (como produtividade, eficiência, custos de manutenção, consumo de energia) e, a partir daí, levantar as tecnologias necessárias para resolver aqueles GAPs.
Outra armadilha é ter uma visão pontual ao invés de uma visão sistêmica.
Às vezes, você quer resolver um problema momentâneo da fábrica, sem ter uma visão do todo, gastando tempo e dinheiro para colocar um sistema corretivo que não vai conversar com os outros sistemas da organização, criando algo que não se conecte e que, de repente, se faça necessário descartar para colocar outra plataforma no lugar.
Em relação à cultura organizacional, outra armadilha que interfere na proposta de transformação digital: não adianta ter as melhores ferramentas, um processo bem estruturado e tecnologia de ponta sem ter um time capacitado, engajado para conduzir e realmente transformar a indústria, levando-a para outro patamar.
Fonte da Imagem: Accenture
Em meio a este cenário desafiador, existem iniciativas que têm como objetivo estimular o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil.
A capacitação e conscientização da liderança é fundamental nesse momento para que as indústrias possam cada vez mais colocar o tema como foco estratégico.
Existem algumas iniciativas do Governo para ajudar a impulsionar o tema. O Ministério da Economia, por exemplo, instituiu o GTI 4.0 (Grupo de Trabalho para Indústria 4.0) no ano de 2017 e vigente até os dias atuais, elaborando uma agenda para o assunto com a reunião de mais de 50 instituições representativas, envolvendo o governo, empresas, startups, sociedade civil organizada e outros players do mercado.
As medidas em andamento têm como principal objetivo fomentar a indústria 4.0 no país e incluem, por exemplo, facilidade de financiamento junto a bancos públicos, difusão de conhecimento e apoio às indústrias.
Dentre as temáticas prioritárias estão as mudanças nas estruturas das cadeias produtivas, o uso de tecnologias digitais, as fábricas do futuro e o aumento da competitividade.
Podemos concluir que a Indústria 4.0 está em expansão apesar de rodar a passos lentos, mas que apesar disso conta com importantes programas de incentivo para que se faça viável.
Sua adoção deve acontecer de forma gradual devido aos impactos ocasionados pelo cenário de crise econômica e humanitária vivenciados durante a pandemia.
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